Publicação: 24/03/2016
Área:Artigos
Enviar um e-mail para um grande volume de clientes têm algumas importantes diferenças do envio normal de mensagens que todos fazemos. Enquanto, salvo alguma questão específica, você pode estar relativamente seguro que um e-mail que você envia para alguém manualmente será recebido pela pessoa em sua caixa de entrada, o mesmo não necessariamente é verdade para distribuições em massa de emails.
O motivo para isto é simples. E-mails enviados para grandes quantidades de pessoas têm uma grande possibilidade de serem SPAMs, ou seja, e-mails que estas pessoas não desejam receber. Os provedores de e-mail, como hotmail, Yahoo e gmail, tem o maior interesse em evitar que estes e-mails caiam nas caixas de entrada de seus usuários.
O presente artigo apresenta, de forma introdutória, alguns dos principais mecanismos utilizados pelos provedores, e recomendações que devem ser seguidas para você obter uma melhor qualidade na entrega de seus e-mails.
Sem perder tempo em discussões conceituais sobre determinada mensagem ser ou não um SPAM, nosso foco, neste artigo, é exclusivamente a percepção dos provedores a respeito dos e-mails e o tratamento que darão aos mesmos.
Para simplificar, consideraremos que o provedor considera uma mensagem como SPAM quando ele não a entrega na caixa de entrada do seu destinatário. O que ele faz nestes casos pode variar, incluindo colocar a mensagem em uma caixa de spam, não entregá-la, recusar seu receber, entre outras ações, e não são foco deste artigo.
Cabe apenas salientar que uma mesma mensagem pode ser tratada como SPAM por um provedor, e aceita como legítima por outro. Pode, e provavelmente será, inclusive tratada diferente quando for entregue para diferentes usuários.
Em outros tempos, a definição de SPAM era principalmente derivada do conteúdo da mensagem. O conteúdo permanece importante: se um e-mail incluir links para vírus, contiver títulos em caixa alta, expressões típicas de SPAM, etc., ela poderá ser penalizada.
Porém, cada vez mais, os provedores procuram avaliar quem está enviando a mensagem e se este remetente é uma fonte de SPAM, ou uma fonte de e-mails confiáveis.
Para tanto, o primeiro passo é identificar o remetente. O simples ‘header’ de ‘from’ não é suficiente para isto, pois ele pode ser facilmente manipulado, a menos que seja usado um mecanismo de autenticação, conforme mostraremos na sequência.
Com isto, ainda hoje, o principal identificador da origem de uma mensagem é o IP, ou seja, o endereço de onde a mensagem está sendo enviada. Envie muitas mensagens de SPAM de um endereço IP, e o mesmo será penalizado. Por exemplo, o provedor pode passar a considerar todas as mensagens que vem daquele IP como SPAM.
A solução que poderia ser usada para evitar isto é continuamente trocar o IP de envio. Atentos a isto, diferentes provedores utilizam diferentes estratégias, que incluem:
- Só aceitar como válidas mensagens de um IP que já enviou outras mensagens válidas em um passado recente (o que exige uma técnica chamada popularmente de ‘esquentar o ip’).
- Pontuar não apenas o IP, mas também o domínio de envio (o que exige a autenticação de quem envia)
Um email spam-trap é um e-mail que determinado provedor monitora e que ele sabe que nunca foi cadastrado em nenhuma lista, ou está inativo há muito tempo.
Uma forma de criar um spam-trap é adquirir um domínio, colocar uma página com e-mails deste domínio, e aguardar para ver se algum email é enviado. Obviamente, qualquer e-mail recebido foi enviado por alguém que não recebeu uma autorização de envio daquele e-mail.
Uma segunda forma é reativar uma conta que permaneceu por um tempo inativa. Qualquer envio para esta conta tende a indicar alguém que, por hipótese, não tem feito uma gestão de sua lista para remover emails inativos.
Em qualquer cenário, um envio para um spam-trap é indicativo que o remetente não tem boas práticas de envio de e-mails. Em alguns casos, um único e-mail de spam-trap cadastrado em uma lista pode gerar a inclusão do IP em uma blacklist.
IMPORTANTE: remover spam-traps é complexo, sendo melhor evitar incluí-las em sua lista. Em tese, spam-traps nunca abrem ou clicam em e-mails, o que permite identificar e-mails suspeitos. Existem técnicas específicas que permitem a remoção de spam-traps do hotmail.
Acesse o artigo completo em pdf, em nosso link Artigo: E-mail Marketing e Spam-traps.
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